terça-feira, 11 de setembro de 2007

11 de Setembro no Dolce Vita Porto pelo MNI


6 anos depois no Dolce Vita

“O 11 de Setembro na

Imprensa Mundial”

A exposição “O 11 de Setembro na Imprensa Mundial” pode ser vista, a partir da próxima 3ª feira, dia 11, no centro comercial Dolce Vita, para assinalar os atentados que abalaram o mundo.

Esta mostra, da responsabilidade do Museu Nacional da Imprensa, é constituída por mais de meia centena de publicações de todo o mundo, com destaque para as edições dos dias 12 e 13 de Setembro de 2001.

Jornais ingleses como o The Times, The Guardian, The Sun e Daily Telegraph podem ser vistos, ao lado de algumas das revistas internacionais mais prestigiadas como a Time, Tiempo, Isto É, Veja e a alemã Der Spielgel. Evocações feitas nos anos seguintes ao atentado, designadamente em 2006, quando se assinalaram 5 anos, podem ser observadas nos exemplares patentes como o Financial Times, The Observer, El País, Herald Tribune, La Croix, ABC e Courrier Internacional, entre outros.

Para além dos principais jornais portugueses, incluindo os já extintos “O Comércio do Porto” e “Independente”, também podem ser apreciados, pelos visitantes do Doce Vita, exemplares americanos como o USA Today, árabes, asiáticos e brasileiros como o Globo e o Estado de S. Paulo.

Esta mostra relembra ao público como um dos países mais poderoso do mundo (Estados Unidos) e “mais seguro” foi atacado em duas das suas mais emblemáticas instituições: Pentágono e World Trade Center. Fica patente, aos olhos dos visitantes, que os principais jornais do mundo primaram por edições especiais enchendo por vezes a capa e a contra-capa com a mesma imagem. As palavras Ataque, Terror, Guerra, Assalto, Crise e Apocalipse foram acompanhadas de fotografias terrificamente espectaculares.

A exposição vai estar patente no centro comercial Dolce Vita, na cidade do Porto (ao lado do Estádio do Dragão) até final de Setembro.



Origem: Nota Informativa do Museu Nacional de Imprensa

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Museu Nacional da Imprensa - Notícias


Belga Vence Concurso

Europeu de Cartoon

O cartunista Ludo Goderis, da Bélgica foi o vencedor do Grande Prémio do Concurso Europeu de Cartoon “Desigualdades, Discriminações e Preconceitos” organizado pelo Instituto Nacional para a Reabilitação (INR) e Museu Nacional da Imprensa. O segundo prémio foi atribuído ao francês António Mongiello “NAPO” e o terceiro prémio a Musa Gumus, da Turquia.

A apresentação pública dos desenhos vencedores foi feita esta manhã, em Conferência de Imprensa realizada do Palácio Foz, em Lisboa. A sessão foi presidida pela Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, contando também com as presenças da Directora do INR, Luísa Portugal, do director do Museu Nacional da Imprensa, Luís Humberto Marcos, e de membros da Estrutura de Missão do Ano Europeu.

O júri internacional do concurso apresentou os 3 desenhos premiados, as 12 menções honrosas atribuídas e falou sobre os objectivos desta iniciativa inédita que desafiou os artistas europeus a caricaturarem estereótipos, preconceitos e todos os tipos de discriminação em razão do sexo, origem étnica ou racial, religião ou crença, deficiência, idade ou orientação sexual.

As Menções Honrosas foram atribuídas a artistas de 10 países: Bélgica, Bulgária Espanha, Inglaterra, Moldávia, Polónia, Portugal, Roménia, Turquia e Ucrânia. A menção honrosa correspondente ao nosso país foi ganha por Agostinho Santos. O conhecido jornalista e pintor concebeu um envelope que quando fechado é uma forma de “adoração à mulher objecto” título do seu trabalho.

O grande vencedor do concurso receberá um prémio no valor de 5000 euros. Os 2º e 3º prémios receberão 2500 euros e 1500 euros, respectivamente.

A organização do concurso recebeu mais de meio milhar de desenhos, vindos dos mais diversos países europeus, destacando-se Portugal como o país com mais participações. Em segundo lugar ficou a Roménia, seguida da Sérvia e da Turquia. O Concurso foi dirigido a autores europeus, de qualquer país, independentemente de fazerem parte ou não dos 27 países integrantes da União Europeia.

Este concurso foi uma iniciativa inédita, organizada no âmbito da proclamação, pelo Conselho da Europa, de 2007 como Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos – Por uma Sociedade Justa.

O INR e o Museu Nacional da Imprensa esperam com esta iniciativa que os europeus, e os portugueses em particular, reflictam com humor sobre um comportamento que afecta milhares de pessoas diariamente pela não-aceitação da diversidade e pela violação dos seus direitos, experimentando situações de exclusão e vulnerabilidade.

O júri internacional do Concurso Europeu de Cartoon foi presidido por Marlene Pohle, Presidente da Federação Internacional de Cartunistas (Alemanha) e integrou ainda: Luís Humberto Marcos, director do PortoCartoon e do Museu Nacional da Imprensa; Andreia Marques, do Instituto Nacional para a Reabilitação; Luís Gouveia, director de Marketing da DFJ Vinhos; e Xaquin Marin, director do Museo de Humor de Fene da Galiza (Espanha).

Os resultados do concurso serão divulgados para todo o mundo através do Museu Virtual do Cartoon (www.cartoonvirtualmuseum.org) sítio criado e gerido pelo Museu Nacional da Imprensa.

A entrega dos prémios aos vencedores e a inauguração da exposição dos trabalhos seleccionados decorrerão em Lisboa, em Outubro.

Informação do MNI

domingo, 2 de setembro de 2007

Mário Crespo - Por uma questão de Justiça!



É o meu jornalista de referência. Apresenta o meu noticiário televisivo preferido, o Jornal das 21 na SIC - Notícias. Escreve na revista Única do Expresso artigos que confirmam o meu fascínio.

Um jornalismo com rigor e paixão. Um exemplo para todos nós.

Nunca me hei-de esquecer de um momento inolvidável protagonizado por ele. Em pleno Jornal das 21, Mário Crespo começa a entrevistar um seu convidado:

"Desde já informo que sou amigo pessoal do entrevistado".

Pasmei! Foi a primeira vez que assisti a algo do género. Honestidade intelectual.

Por isso mesmo, quando vejo alguma blogosfera (ligada ao BE) a levantar suspeitas sobre a sua honestidade e o seu rigor a propósito da entrevista a Francisco Louçã e ao menino do milho transgénico, só posso levantar a minha voz em solidariedade e apoio a este jornalista de referência.
O Bloco de Esquerda e alguns intolerantes não estão habituados a rigor jornalístico. Costumam beneficiar de "boa imprensa". Sobretudo por parte dos jornalistas que passeiam pelas listas do Bloco. A independência de Mário Crespo aflige-os. Muito. Pudera.
O Major Valentim Loureiro não o suporta. Mário Soares não gosta dele nem pintado. Agora é a vez de Louçã. Tudo bons rapazes.

Não são um problema para Mário Crespo. São medalhas. De bom Jornalismo.

Obrigado Mário Crespo.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Red Bull Air Race - Porto 2007 - Qualificações

Os Malucos das Máquinas Voadoras




Um enorme mar de gente invadiu a Ribeira do Porto e Gaia para assistir às qualificações da Red Bull Air Race - Porto 2007.

Com semelhante mar de gente, almoçar era coisa complicada. Contudo...



...reparem bem naquele magnífico símbolo por cima do balcão. Olhar para ele compensou a espera!



Pode não parecer mas este helicóptero fez "quase" a mesma coisa que os aviões...Estava a explicar como seria a prova. De arrepiar!!!



Por falar em "malucos voadores":




Afinal o INEM sempre disse: "Presente!"...



Tantos! E tantas!




Ups, o gajo fugiu!



Ah, afinal está aqui:








Um belo exemplar:



Tenho a impressão que o Edifício Transparente (aquela coisa horrorosa) nunca teve tanta gente, eheheheheh...



As despedidas com o Castrol Men....




Nem aqui havia um lugar, imaginem amanhã...




Fotos de FMS para o Intervenção Maia, Comunicatessen e Quando Calhário

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Red Bull Air Race - Porto 2007

A "Porto Lazer, E.M.", empresa da Câmara Municipal do Porto, apresenta esta sexta 31 de Agosto e sábado 1 de Agosto a "Red Bull Air Race" na cidade do Porto (Ribeira do Porto e Gaia).



A corrida de Aviões "Red Bull Air Race" é a última iniciativa desta empresa.



A Maia acabou por beneficiar deste evento graças ao Aeródromo de Vilar de Luz (local onde tiramos estas fotografias).


Porto Cartoon - Descentralização Cultural

Oito exposições em Portugal e Brasil

PortoCartoon espalha Humor

A descentralização do “Humor” através do PortoCartoon, está a marcar as actividades do Museu Nacional da Imprensa durante este verão, com a apresentação de oito exposições em várias cidades do país, chegando também ao Brasil.

Na sede do museu, no Porto, está patente o IX PortoCartoon-World Festival apresentando mais de 400 cartoons vindos dos cinco continentes. Milhares de visitantes já apreciaram os trabalhos premiados, as menções honrosas e os melhores desenhos provenientes de países tão distantes e diferentes como a Austrália, o Brasil, o Canadá, a China, o Egipto, a Índia, o Japão, a Indonésia, o México e a Coreia do Sul, entre muitos outros.

O certame, que tem este ano como tema a “Globalização”, inclui ainda a instalação humorística “Portugal-Brasil: a fuga do sucesso” dos artistas de Eduardo Grosso (Brasil) e Acácio de Carvalho (Porto); e a exposição de caricatura “Tango” de Marlene Pohle, Presidente da Federação Internacional de Cartunistas. Em paralelo com o PortoCartoon pode ser vista ainda a mostra permanente “Riso do Mundo” com os vencedores das edições anteriores do festival. Parte desta mostra também pode ser apreciada na Estação da CP de Braga.

No Aeroporto do Porto, em Pedras Rubras, estão patentes os 35 trabalhos premiados no IX PortoCartoon, na extensão montada no átrio das Chegadas.

Em Lisboa, no átrio do Ministério das Finanças, no Terreiro do Paço, pode ser vista a exposição internacional “PortoCartoon: a Globalização do Humor” que integra mais de 120 trabalhos incluindo o Humor de Ludo Goderis, vencedor do “Prémio do Público” do PortoCartoon 2006.

Votação do Público

Continua a decorrer a votação no “Prémio do Público”. On-line, no Museu Virtual do Cartoon (www.cartoonvirtualmuseum.org) ou nos locais onde está patente o PortoCartoon, os visitantes podem escolher o seu cartoon preferido entre 35 concorrentes. Os candidatos são os premiados, as menções honrosas e os finalistas do IX PortoCartoon. Os desenhos em disputa foram enviados de países muitos diferentes e a representar Portugal está o cartunista amarantino António Santos com uma caricatura da pintora Paula Rego. Para além do tema principal “A Globalização”, os trabalhos em votação abordam também outros assuntos da actualidade como a fome, a guerra e a religião. O autor do desenho mais votado será convidado pelo Museu Nacional da Imprensa para uma exposição individual em 2008.

PortoCartoon no Brasil

Ao Brasil chegou, pela mão do Museu Nacional da Imprensa, a exposição “O Vinho do Porto no humor mundial” e uma réplica da instalação humorística feita na cidade do Porto, sobre a fuga da Corte portuguesa para o Brasil em 1807. Patente em Piracicaba, S. Paulo, no maior salão de humor brasileiro, a mostra sobre o grande “embaixador” português reúne mais de meia centena de cartoons e mostra como cartunistas de dezenas de países ligaram o “bom vinho” ao “bom humor”.

Esta exposição assinala os 250 anos da criação, pelo Marquês de Pombal, da zona demarcada do Douro e a sua presença no Brasil integra-se no protocolo assinado entre o Museu Nacional da Imprensa e a Prefeitura de Piracicaba, em 2005, para o desenvolvimento de iniciativas conjuntas na área do desenho de humor.

O PortoCartoon-World Festival, organizado anualmente pelo Museu Nacional da Imprensa, é considerado pela Federação Internacional de Cartunistas (FECO), um dos três mais importantes do mundo.

Para além das mostras de cartoon, o Museu Nacional da Imprensa, tem ainda para mostrar as exposições “Memórias Vivas da Imprensa” (permanente) e Rodrigues Sampaio: O jornalista político”. A mostra documental sobre o “Sampaio da Revolução” insere-se nas comemorações do bicentenário do nascimento daquele jornalista.

O museu está instalado na cidade do Porto, junto à Ponte do Freixo e a cinco minutos da Estação CP/Metro de Campanhã. Pode ser visitado todos os dias, entre as 15h e as 20h.



Nota Informativa do MNI

domingo, 26 de agosto de 2007

D.O.C. - Douro



O Douro é uma das mais belas regiões da Europa.

Uma afirmação forte para começar. Mas sincera e verdadeira. Quem não a conhece não sabe o que tem perdido. Conheci o Douro aos 18/19 anos de idade. A primeira vez que desci a estrada que liga Mesão Frio à Régua fiquei mudo de espanto. Depois, tive que seguir pela estrada que liga a Régua ao Pinhão e as palavras sumiram-se. Não refeito, subi em direcção a Valença do Douro, ponto de passagem até ao destino final. Recordo como se fosse hoje o deslumbramento.

Ao longo dos anos tenho tido a felicidade de viajar por esse Mundo, não tanto como queria mas dentro do possível. Ainda falta conhecer muito. Porém, poucas paisagens encontrei tão ou mais belas que o Douro. Em Portugal, apenas o Alentejo se aproxima. Reparem, aproxima. Mas não se compara.

Desta inacreditavelmente bela região conheço duas histórias de amor que dizem tudo. A primeira passou-se com um dos maiores empresários de Espanha, personagem fascinante que me proporcionou um dos melhores momentos da minha vida. A sua paixão pelo Douro começou numa viagem de negócios ao Porto. O objectivo era comprar uma empresa nacional da sua área de negócios. O destino levou-o ao Douro. Amor à primeira vista. Mesmo contra a vontade da família, investiu fortemente no Douro, em algo completamente diferente. O Douro agarrou-o para sempre.

O mesmo aconteceu com um grande empresário hoteleiro francês. Quando conheceu o Douro, ficou preso pelo coração. Nunca pensou investir em Portugal mas depois deste encontro imediato, comprou uma propriedade e está a construir um dos mais luxuosos hotéis de Portugal, em pleno Douro Vinhateiro. Quando lhe perguntaram se a falta de acessos condignos era um óbice, afirmou que antes pelo contrário, quanto mais "secreto" for o Douro, melhor.


Mas não é sobre a beleza paisagística do Douro que vos quero falar - o Português não tem palavras suficientes para descrever a magia deste pedaço de paraíso que só visto se compreende. Quero antes partilhar convosco uma das novas valências da região, um restaurante.

As gentes do Douro, habituadas desde o berço a lidar com esta paisagem e tendo nos seus pais e familiares os obreiros, a sangue, suor e lágrimas desta coisa descomunal, nem sempre compreendem o "maná" turístico ao pé da porta. Consequentemente, não era fácil para o viajante, turista ou não, encontrar um local de excelência gastronómica - sobretudo no chamado Douro-Sul. Nos últimos anos, graças à visão de alguns empresários, este gigante adormecido começou a despertar (neste ponto, Mário Ferreira foi o primeiro grande impulsionador da mudança). Primeiro foi o Hotel Vintage House no Pinhão (com um restaurante demasiado elitista e conservador), logo seguido da Pousada de Mesão Frio (inconstante). Mais tarde, em plena Régua, nasce um dos templos gastronómicos da região, o restaurante "Douro In". Claro que já existia o "Cepa Torta" em Alijó, mas ficava afastado desta zona. Felizmente, os proprietários do "Cepa Torta" arriscaram uma nova aventura: o restaurante D.O.C. no Cais fluvial de Folgosa do Douro, a meio caminho da estrada (E.N. 222) que liga a Régua ao Pinhão. A excelência gastronómica chegava, por fim, ao Douro Vinhateiro.

Conheci o D.O.C. numa das constantes visitas que faço ao Douro graças a ter casado com uma “duriense”. A primeira vez que o vi, desconfiei. Tinha sido inaugurado recentemente e, pela decoração, pensei que estava perante mais um daqueles casos de muita parra e pouca uva. Mesmo assim, no regresso a casa, aceitei arrisquei. Uma decoração moderna, estilo "Paulo Lobo" (não sei se foi ele mas parece saída das suas mãos). Os preços não são meigos se comparados com os praticados na zona. A lista de vinhos é superior. O atendimento simpático e competente. O seu proprietário, Rui Paula, sempre atento. Não vos vou maçar com grandes descrições sobre o repasto. Ao contrário de quando o visitei, agora não faltam descrições sobre as iguarias do D.O.C nas revistas e jornais nacionais (a última das quais por Francisco José Viegas, uma autoridade, na revista NS deste Sábado). Apenas partilho convosco um sentimento: entrei com duas pedras na mão, desconfiado e pronto para ser “roubado”. Saí completamente convencido, fascinado e satisfeito. Penitencio-me por ainda não ter visitado o “Cepa Torta”, a casa-mãe desta obra-prima da gastronomia duriense.

Na altura, seguindo a máxima do empresário francês de que vos falei, preferi ficar em silêncio, guardando segredo desta maravilha com medo que a ofensiva das “massas” a estrague. A comunicação social, em especial os “especialistas” na matéria, preferiram amplificar a coisa. Rendo-me. Com a secreta esperança que o D.O.C. não se estrague por deslumbramento. É que eu pretendo fazer dele poiso particular a meio da viagem…

Já nada falta ao Douro, em especial ao Douro-Sul, para que o leitor o não visite. Mexa-se e aventure-se, o Douro espera por si. Vai ver que não se arrepende.

FMS

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Coisas que se escrevem:




Via revista "Veja" do Brasil:

1. A não perder toda a história do escândalo político que envolve o poderoso Senador Renan Calheiros

2. As escutas aos membros do Supremo Tribunal Federal - se a moda pega por cá...

3. As Presidenciais Americanas de 2008, um excelente trabalho. Segundo a "Veja", Hillary Clinton pelos Democratas e Rudolph Giuliani pelos Republicanos são os favoritos.

4. Por último, uma entrevista (Auto-retrato) com a escritora Rajaa Alsanea da Arábia Saudita que publicou um romance sobre a vida amorosa da juventude saudita. Um espelho da paranóia das ditaduras e a prova provada que Marx tinha razão ao afirmar que " A Religião é o ópio do Povo".

Via revista "Sábado":

1. Mais um momento de excelência do Sociólogo Alberto Gonçalves. Um dos mais fascinantes cronistas da imprensa portuguesa na actualidade.

2. O Ecoterrorismo por Pacheco Pereira, sempre lúcido. Mas absolutamente indispensável é o seu texto intitulado "Os Portugueses e o Medo" sobre o furacão Dean e os turistas. Algumas almas deviam copiar o texto, ampliar para tamanho A3 e emoldurar no escritório!

3. A entrevista de vida a Vasco Graça Moura.

Via Visão:

1. Uma interessante entrevista ao presidente da Câmara de Sintra - a dada altura recorda o seu amigo José Vieira de Carvalho e não foge às questões sobre a sua militância no CDS (chegou a ser Secretário-Geral do partido). A sua opinião sobre o actual estado do PSD é de leitura obrigatória!!!

2. Um artigo sobre a política pimba (Mendes Bota e Alberto João Jardim) - procure que vale a pena!

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Entretanto, coisas para ler e ouvir...

Para ouvir:


Colleen - "Les Ondes Silencieuses"
Jorge Palma - "Voo Nocturno"
The National - "Boxer"



Para ler:


"Viriato" - João Aguiar
"Cartas de Inglaterra" - Eça de Queirós
"Andanças com Heródoto" - Ryszard Kapuscinski
"A Manipulação dos Media" - Noam Chomsky

Já faltou mais...

Em Agosto a maioria vai em "rebanho" a banhos...



Uns dias de descanso...



Entretanto, não falta animação...



As Aves que tanto invejamos...



Formas de relaxar...




Paisagens de cortar a respiração...







Mas tudo acaba...




E quando pensas que o fim está perto, surge sempre um dia mais...



Nada como uma paisagem bucólica plena de sons alternativos para adiar o regresso...



Estou quase a regressar à Blogosfera...


FMS

domingo, 15 de julho de 2007

Músicas de Julho

Aqui ficam as dicas deste mês (com a desculpa pelo atraso):

1. My Brightest Diamond - "Bring Me The Workhorse"
2. Low - "Drums and Guns"
3. Peter Von Poehl - "Going To Where The Tea Trees Are"
4. Neil Young - "Greatest Hits"

Isto é só o começo...


Saiba mais clicando AQUI

quarta-feira, 11 de julho de 2007

O regresso da Censura

Há artigos que não basta citar. É preciso publicar na íntegra. Pela sua actualidade, qualidade e superior acutilância. Este é um deles. É de Baptista-Bastos, no DN de hoje. Aqui fica:





Baptista-Bastos
Escritor e Jornalista

Enquanto os candidatos à Câmara de Lisboa se entretêm, amenamente, com chamar-se, uns aos outros, de mentirosos, velhacos e ignorantes, o nosso querido primeiro-ministro é apupado no estádio da Luz. Neste país parece que ninguém gosta de ninguém, e as interpretações torcidas que, de hábito, se fazem destas manifestações sentimentais tendem a considerá-las como "normais em democracia". Na verdade, elas não são, somente, uma necessidade de ordem psicológica e uma representação da incomodidade geral: afirmam a separação absoluta entre dois países no interior de um só.

A confusão entre Estado e indivíduo, singularidade e colectividade, massa e cidadão é propícia à classe dirigente. Alguns afáveis intelectuais pensaram (creio que ainda pensam, se é que pensam) vogar no rumo certo da História e têm apoiado, com sistemático enternecimento, o "socialismo moderno". Em Portugal, esta misteriosa designação tem, actualmente, um visível paladino, José Sócrates, epígono do socialismo de turíbulo, defendido com doçura pelo inesquecível António Guterres.

Ora, em dois anos de "socialismo moderno" acentuou--se a separação entre nós e eles, entre o espírito da História e uma História sem espírito. Duas linguagens diferentes e incompatíveis, cada vez mais contaminadas pelo ódio e pela indiferença, pelo desdém e pela resignação. O novo Estatuto do Jornalista, caucionado por deputados servis, assinala, uma vez ainda, as características destes "socialistas", cujo elevado défice democrático, intelectual, moral, social e cultural causa-nos as maiores preocupações. Subordinar a livre expressão aos critérios de uma decisão que se sobrepõe aos princípios fundamentais da democracia constitui o mais grave atentado, registado depois de Abril, contra a liberdade de informação. Não se trata de uma questão corporativa: é um problema vital.

Está em causa uma normatividade que pretende coagir os jornalistas ao temor e à reverência, e que tende a relegar a liberdade de Imprensa para a lista dos produtos supérfluos. A Conferência Episcopal protesta, porque descobre, tardiamente, o maniqueísmo de tábua rasa de um Governo absolutamente anti-social. Só agora, Igreja? As legislações que nos têm regido (Constituição, Código Penal, Lei de Imprensa) não correspondem a uma visão contemplativa do jornalismo; punem quem prevarica. O Estatuto é um cão-de-guarda.

E o desatino é de tal monta que se chega ao ponto de pedir, encarecidamente, a um Presidente de República, cujo currículo não possui o mais módico vestígio de luta pela liberdade, que vete o Estatuto, cuja natureza agride a expressão do livre pensamento.

(Reprodução via Intervenção Maia e autorizada pelo autor)

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Noite de Fados no Parque Tejo...





Ainda se lembram do "Imperial ao Vivo"? Foi em 96 ou 97 que me perdi num dos mais loucos cartazes de que há memória - Smashing Pumpkins, Skin e Prodigy, tudo junto e ao vivo na alfândega do Porto. Que noites. Uma coisa de outro mundo!!!

Pois é, o cartaz de 7 de Julho de 2007 do Super Bock - Super Rock, juntando a promessa que são os Klaxons, a surpresa (para os mais desatentos) que foram os Magic Numbers e a consagração daquela que é, actualmente, uma das melhores bandas do mundo, os Arcade Fire, não ficou atrás. Longa se tornou a espera.

A época dos festivais já vai a meio. Falta o Sudoeste e Paredes de Coura. O primeiro é sempre muito bom (pelo espaço, pelo cartaz e pelo ambiente). O segundo por ter sempre uma ou duas bandas pouco conhecidas que surpreendem e pelo local.



Ao SBSR nunca tinha ido. O cartaz de Terça (7 de Julho) obrigou-me a rumar a Lisboa.
A noite prometia. Mesmo começando em pleno dia. Não nego que foi estranho ouvir os The Gift com aquela luz muito típica de Lisboa. O concerto nem começou muito bem mas aos poucos a coisa endireitou-se. A banda de Alcobaça cumpriu, sem deslumbrar. Desde o álbum de estreia que não me deslumbram, por sinal.



A seguir, para abrir as hostilidades, com a luz a desaparecer lentamente, surgem os Klaxons. Um concerto poderoso, a deixar no ar a ideia que podem vir a ter um grande futuro. Vamos ver se no próximo trabalho confirmam as nossas suspeitas.

Por esta altura, com a casa ainda dividida entre o meio cheia ou meio vazia, dependendo da perspectiva, começo a reparar nas hordas de pré-adolescentes que circulavam pelo recinto. Não sei se estiveram no anterior festival, em Oeiras, aquele que tinha o Noddy, a Leopoldina e o Bob - O Construtor, mas aparentavam lá ter estado. Será que se enganaram? O seu principal divertimento era conversar, "mensagar" e chatear quem ali foi pela música e não pelo Red Bull. Santa paciência!
Durante o concerto dos The Magic Numbers, cuja maioria das crianças presentes devia pensar que eram amigos da Floribela, era vê-los divididos entre as SMS e os "Olá, estás aqui?" - a típica pergunta idiota que merece uma resposta ainda mais idiota.



Mas vamos ao que interessa, os Magic Numbers. Que concerto! Entrega total, surpresa da banda pela recepção do público que, aos poucos, aderiu em força e se deixou contagiar. Foi mágico. Tão mágico que eles queriam continuar a tocar mas a organização não esteve pelos ajustes.

Aliás, uma palavrinha para a organização: Justo. Tudo estava justo. Os horários estavam a ser cumpridos, o recinto estava limpo, filas para comer ou para a ir ao WC nem vê-las, variedade gastronómica (até comi um crepe, vejam bem) e segurança. Pois. Infelizmente, parecia um festival estilo Mcdonalds. Tudo muito limpo, organizado e rápido mas tremendamente sensaborão. Daquelas coisas que se pode levar a mãezinha. O espírito da coisa ficou em casa ou apenas vai ao sudoeste? Estranho.



A noite já invadira totalmente o recinto quando entraram os Bloc Party. Humm. Esperava mais. A criançada adorou. Muitos deles só lá foram pelos Bloc Party (e pelo Noddy que se baldou). Confesso que não me entusiasmaram. A culpa, se calhar, nem foi deles. Foi dos Magic Numbers que estiveram em grande e os ofuscaram. Provavelmente. Há bandas que precisam de provar em palco as qualidades do seu trabalho de estúdio. Para que não fique a ideia de falso. Vamos dar o benefício da dúvida.



Mas o dia, a noite, era dos Arcade Fire. Durante o final de tarde reparei num grupo de "festivaleiros" com U2 Portugal.com escrito nas t-shirts e nalguns solitários envergando os mesmos U2 nas camisolas. Pois é, quem acompanhou a Vertigo Tour, ficou a conhecer os Arcade Fire e quem os conhece, nunca mais esquece. O aproximar da entrada das estrelas da noite sentia-se na zona dos comes e bebes que, lentamente, ficava às moscas, abandonando a "Big Pita" e a "Atachadinha", tendas de bom comer, para deglutir algo de superior quilate: a boa música. Desculpem lá a interrupção mas tem de ser: fui enganado na barraca dos cachorros. Diziam que eram fantásticos, mágicos e outras coisas que tal. Népia. Um mísero molete daqueles ensacados do Continente, meio adocicado, com uma triste e solitária salsicha. Deve ser essa a psicologia da coisa. Mas vamos ao que interessa.
Que grande concerto! A loucura em palco. Os canadianos deram tudo. Na terceira música já suavam que nem as cascatas do Gerês em pleno inverno. Repito, uma coisa de outro mundo. Assim só me lembro dos Prodigy no Imperial ao Vivo, dos Placebo no Coliseu ou os U2 em Alvalade na Vertigo Tour. Meus amigos, estes Arcade Fire são fogo em palco. Nem tenho palavras para descrever. Fantástico.

Agora, só me apanham no Sudoeste. Na expectativa de gostar mais do que no ano passado que valeu apenas pelo "Final Fantasy", um projecto saído sabem de onde? Do Canadá, via Arcade Fire. Eles andam aí. Ainda bem.

Para terminar, que a prosa já vai longa, um último apontamento sobre as crianças. Durante todo o concerto dos Arcade Fire, três crianças que bebericavam cerveja e Red Bull, conseguiram o fenómeno de não se calarem durante os 75 escassos minutos que durou o concerto. Um deles, com cabelo que não via água há três quinze dias. Só me resta uma mensagem para estes "modeiros": duas nesse, era o que era!