sábado, 20 de dezembro de 2008

Deixem Jogar o Mantorras...

No Blasfémias, Gabriel Silva escreveu: “A ditadura angolana aperta o seu cerco em Portugal: 9,69% do BPI, 10% do BCP, metade da participação de 33% na Galp, 55% do BIC Portugal, 45% da Amorim Energia, e o que mais não se sabe”.

Independentemente da velha máxima liberal, “mercado livre”, retintamente violada pela posta de Gabriel, mesmo atendendo ao facto, verdadeiro, da não existência de uma democracia em Angola, é um exagero este alarmismo face aos investimentos angolanos em empresas portuguesas.
Desde logo, por um motivo simples que a história nos ensinou com exemplos vários por esse Mundo (a família Suharto é para aqui chamada): o tempo basta para aniquilar estas fortunas feitas pela exploração familiar das riquezas de todo um país.

O perigo é outro: a dependência dessas empresas nacionais dos capitais espoliados a terceiros. Se qualquer uma destas entidades empresariais, peregrinamente, acreditar que a fonte é eterna, então sim, está envolta em maus lençóis. A família Santos, tal como outras oriundas de regimes ditatoriais, não é eterna. Julgo, até, que já está em fase pré descendente. São versões menos polidas dos Maddof deste Mundo.

Deixem jogar o Mantorras…

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